A democracia brasileira precisa de poderes independentes para que avancemos nos desafios complexos do nosso país
Um ministro do Supremo Tribunal Federal não pode ser também um ator político-partidário, e como juiz deve agir de maneira imparcial ideologicamente. A celebração do Presidente da República pela aprovação de um político abertamente adepto de uma ideologia particular é uma afronta às instituições democráticas e explicita a baixa adesão aos valores democráticos.
Preocupa também que o nosso legislativo, em particular, nosso Senado, falhou no seu dever de guardião de um processo crucial no equilíbrio entre poderes – aprovando uma indicação contrária ao princípio da impessoalidade e de perfil político-partidário.
O Sivis se mantém na defesa dos valores democráticos, e entendemos que essa nomeação segue uma esteira de anos de descaso com a independência entre poderes. Ela coloca esses mesmos poderes em uma relação ainda mais conflituosa e pouco produtiva para resolução dos desafios complexos que nos impedem de ser um país mais democrático e próspero.